quinta-feira, outubro 04, 2007

Chocolate amargo ajuda a combater fadiga crônica, diz estudo

chocolate
Chocolate amargo está associado ao combate da pressão alta
Uma dose diária de chocolate amargo pode ajudar a reduzir os sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica, apontaram cientistas britânicos.

Pacientes que participaram de um estudo piloto realizado pela Hull York Medical School revelaram que ficaram menos cansados depois de comerem chocolate com alta concentração de cacau.

A Síndrome da Fadiga Crônica é uma condição caracterizada por uma profunda fadiga muscular após esforços físicos. Os sintomas ainda incluem dor de cabeça, memória fraca, dificuldade de concentração, perturbação do sono e irritação.

O líder do estudo, Steve Atkin, disse que a idéia da pesquisa surgiu de uma paciente que relatou ter se sentido mais disposta depois que trocou o chocolate branco e ao leite pelo amargo.

Polifenol e serotonina

Atkin então resolveu testar outros dez pacientes, que, durante dois meses, receberam uma dose diária de 45 gramas de chocolate amargo.

Após um intervalo de um mês, os voluntários receberam a mesma dose por mais dois meses de chocolate branco ou ao leite.

Os cientistas observaram que quando comeram chocolate amargo, os pacientes apresentaram menos sintomas da fadiga e admitiram que voltaram a se sentir mais cansados ao comer outro tipo de chocolate.

O professor Atkin disse ter ficado surpreso com a evidência dos resultados.

"Apesar de ter sido um pequeno estudo, dois pacientes conseguiram voltar ao trabalho depois de terem ficado de licença durante seis meses", citou o pesquisador.

"O chocolate amargo é rico em polifenol, uma substância que traz benefícios à saúde, como a redução da pressão alta".

"Além disso, o polifenol aumenta os níveis de serotonina no cérebro, que está associada ao combate da fadiga crônica", explicou.

Para o cientista, mais pesquisas devem ser feitas para avaliar os benefícios do produto, mas ressaltou que os pacientes podem tranqüilamente comer uma dose diária de chocolate amargo, e que nenhum voluntário da pesquisa aumentou de peso.


Fonte: BBC Brasil.

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

A Arte como Terapia

Essa foi uma mensagem que eu recebi da Leonor, de Portugal e resolvi postar aqui no blog:


'Ando tão cansada"... é, Denise, só uma fibromiálgica pode entender uma fibromialgica. Meu nome é Leonor e para os amigos Leo. Sou fibromiálgica desde 1995. Pertenço à associação www.myos.pt em Portugal.

A arte como terapia

«Era uma vez...num dia qualquer, manhosamente o meu corpo doía; os músculos estavam tensos e frouxos como uma marionete; a visão sugeria enlameada; a pele que vestia o meu corpo, parecia habitada por seres invisíveis num vaivém frenético, e ardia; a fadiga reinava por imposição...»

Ouvimos frequentemente frases como “a música é a minha terapia”, o teatro é a minha vida”, “só sei viver pintando”.

Afirmações como estas, ouvidas ora de profissionais, ora de simples amadores, ecoam a meu ver, como indicadores de que a arte é um veículo promotor da expressão dos sentimentos e emoções, e porque não também um bafo de “vitaminas regeneradoras” para quem sofre de doenças crónicas sejam elas físicas ou psíquicas.

Comigo aconteceu assim, foi através da expressão plástica, que encontrei o caminho para suportar e combater o percurso da Fibromialgia, e por estranho que pareça, descobri novos estádios de adaptação inerentes à dor crónica, para além do sentimento entusiástico que conquistei, na descoberta de uma nova, “intelectualidade”, que transformo em palavras de papel cor e tinta»

Este foi o meu testemunho há uns anos.

Entretanto fiz um programa de cardio-fitness num ginásio durante dois anos com uma grande amiga brasileira Clarissa Printes que tem desenvolvido um grande trabalho para fibromialgicos e na associação aqui em Portugal.

Leo

Imagem:
Quadro da Leo.

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Teses e artigos científicos (em Português)

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domingo, setembro 03, 2006

Demitido por causa de fibromialgia recebe indenização

Por coincidência, após escrever esse post aí abaixo sobre a dureza que é manter um trabalho puxado, sofrendo de fibromialgia, vi essa notícia por aqui:

Ronald Harding, 59 anos, trabalhava há 18 anos na Cianbro Corp. até que foi demitido, sem justa causa. O juri do estado do Maine considerou que todas as provas apresentadas indicavam que ele tinha sido vítima de discriminação no trabalho por sofrer de fibromialgia, que se caracteriza, principalmente, por dores musculares e nas articulações e fadiga.
A empresa foi condenada a pagar 747 mil dólares e esse valor se refere somente a pagamentos anteriores, compensação e punição por danos causados, mas os custos de advogados, juros e compensação por futuras perdas ainda serão estabelecidos.
Way to go!
Fonte: Maine Today

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quinta-feira, agosto 31, 2006

Cansaço e trabalho

Estava deitada, nem tanto com dores, que estão até moderadas (apenas um pouco no braço esquerdo), no momento, mas com um cansaço fenomenal, aí revolvi levantar pra ressuscitar esse blog, coitado que anda jogado às baratas.

Estava pensando em algo que alguém (desculpem, não achei o nome) escreveu, em um dos meus posts anteriores, sugerindo que eu falasse sobre a dureza que é essa doença para alguém que não tem recursos para os tratamentos e que tem que fazer um trabalho duro. Deus do céu! não consigo nem imaginar. De vez em quando penso o quanto deve ser difícil para alguém com pouca renda e que precisa fazer um trabalho braçal, ter fibromialgia.

Mesmo tendo fibromialgia continuo achando que tenho muita sorte. Além de poder conta com todo apoio incondicional da família que, jamais insinuou, em nenhum momento, que isso poderia ser "manha" minha, ou que fibromialgia é "psicológico, tenho a possibilidade de trabalhar em casa, fazendo minhas coisas à medida do possível.

Antes da fibromialgia agravar-se e estabelecer-se de vez (no começo desse ano), estava pensando em procurar algum trabalho fora de casa, agora isso está fora de cogitação, é muito melhor, para mim, fazer trabalhos free-lancers, traduções, websites, consultoria para ONGs, que possa fazer de acordo com minhas possibilidades.

Quando estou com esse cansaço enorme, de hoje, fico pensando como seria se tivesse que bater ponto, de oito às seis, como é no Brasil. Tem dias, que sento no computador, trabalho 15 minutos e já não aguento mais e vou deitar um pouco. É muito frustrante, porque sou elétrica, gosto de produzir, e nunca, em minha vida, fui de tirar soneca durante o dia. Dia desses dormi 3 horas, à tarde, acho que pela primeira vez na vida.

Amaturidade é uma vantagem para aceitar melhor essa situação. apesar de desejar produzir mais, eu não tenho inseguranças profissionais, não sinto necessidade de provar nada a ninguém, fiz muitas coisas interessantes, trabalhei enlouquecidamente, viajava demais, me estressava muito e já pretendia, mesmo, há algum tempo, desacelerar.

Enfim, são coisas que a gente vai aprendendo a se adaptar. O melhor, sempre é não sentir pena de si mesma, nessas horas. Sempre pode ser muito pior...

Esse é um artigo ( infelizmente, em inglês) interessante sobre como conciliar a vida com fibromialgia e a busca por satisfação profissional: Is Having a Career Still an Option? Consider the Possibilities

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quinta-feira, julho 27, 2006

Confesso...

Nunca pensei que eu, uma blogueira tão assídua iria dizer isso um dia... mas confesso que abandonei esse bloguinho. Estive viajando (o que foi ótimo, porque aguentei muito bem, sem muitas dores como eu imaginei que poderia ter) e ando super ocupada. Mas li uns artigos novos interessantes e, em breve, vou atualizar isso aqui. Aguardem!

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quinta-feira, junho 29, 2006

Meninas nascidas de mães que sofreram estresse na gravidez podem ter maior risco de desenvolver fibromialgia



Eu li esse artigo na semana passada e achei interessantíssimo. Tanta coisa pra gente descobrir ainda...

Lembrei que a minha mãe estava grávida durante o golpe da ditadura militar (março de 1964). Meu pai, apesar de não ter envolvimento "oficial", tinha idéias bastante revolucionárias pra época e ela sempre me disse que o golpe (em março, quando ela estava com 4 meses de gravidez) foi um período de extremo estresse para ela, que teve que queimar livros e ajudar meu pai a não se comprometer, num momento em que muita gente estava desaparecendo nos porões da ditadura. Ela sempre me contou que fez uma fogueira, com ajuda do meu avô, pra queimar os livros do meu pai. Você podem imaginar o nível de tensão, num momento desses...

Então, o artigo que está no site da Universidade de Pittsburgh, diz que grande estresse ou traumas, durante a gravidez, podem ter um efeito de longo prazo no feto. Um estudo, apresentado, há poucos dias, pelo Dr. Dirk Hellhammer, Ph.D., professor de Psicobiologia da Universidade de Trier (Alemanha), no 6o. Congresso Internacional de Neuroendocrinologia (ICN 2006), indica que, o estresse e traumas na gestação podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da fibromialgia, nas meninas, muitos anos depois.

Segundo Dr. Hellhammer, ainda que se saiba pouco sobre fibromialgia, as pesquisas indicam que uma "programação pré-natal" pode ter um papel importante. Estresse durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento da glândula adrenal do feto, limitando, permanentemente, sua capacidade de produzir quantidades adequadas do hormônio cortisol.

No estudo feito com grupos de controle, um numero significante de pacientes diagnosticad@s com fibromialgia informaram que suas mães sofreram profundo estresse durante a gestação.

Entre essas, apenas as mulheres tiveram diminuição na resposta do cortisol em uma medida padrão de estresse psicológico, uma observação que respalda resultados de estudos já feito com animais. O baixo nível de cortisol foi encontrado apenas em pacientes com histórico de estresse pré-natal.

Ainda que mais estudos precisem ser feitos, os resultados reunidos, até agora, proporcionam evidências de que as meninas podem ter um risco adicional de desenvolver fibromialgia se, ainda no útero, forem expostas a maiores níveis de cortisol que o normal, produzidos por suas mães em resposta ao estresse.

Mais um motivo para a sociedade e as famílias apoiarem, ainda mais, as mulheres durante a gestação.


University of Pittsburgh Medical Center

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sábado, junho 24, 2006

Cânfora pode aliviar a dor

Essas doenças (ou síndromes, ou seja o que for) crônicas são uma mina de ouro pra quem quer ganhar dinheiro, explorando a dor alheia, né?

Sabe que, dia desses, eu me inscrevi num site que estava mandando amostras grátis de um produto que se chama 024 Fibromialgia, para aliviar as dores, e recebi dois sachets com o tal medicamento.

Como eu estava com uma pontada desagradável, no pé, ontem à noite, decidi testar. E não é que melhorou rapidinho? claro que foi provisório e hoje a dorzinha já estava de volta, mas, na hora, foi um ótimo alívio.

Aí fui procurar o princípio ativo do medicamento... nada mais é do que cânfora, aquela que está presente no "Bálsamo Tigre" e "Vick Vaporub"! alguém já usou esses produtos e teve bons resultados?

Fiz uma pesquisa na CVS, que vende o 024 Fibromialgia e vi que ele custa US$ 19,90 para o spray de 01oz (com 3% de cânfora). O produto similar da marca da CVS custa somente US$ 5,99 e tem 4% de canfora, em 04oz.

Alguém sabe dizer se os princípios não-ativos têm algum efeito no resultado do medicamento? acho que não, né? ou tem?

A única diferença desse novo (além do nome, que chama a atenção, claro e é uma boa jogada de marketing!) é que ele tem outros ingredientes não-ativos bem naturais: óleos de aloe vera, eucalipto, limão, laranja, menta e rosemary), mas é absurdamente mais caro!

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TPM pra fibromialgia é fogo, né?

Mulherada, isso também acontece com vocês? se eu tinha alguma TPM antes, agora é barra pesada. Desde uns 4 meses atrás que, alguns dias antes da menstruação, já sei que vou enfrentar uma "mini-crise".

De ontem pra hoje dei uma bela piorada... estou com dores latejantes no joelho, nos pés, no ombro, na mão, no pulso, no ouvido, na lateral da cabeça... e muito, muito cansada para sair pra malhar.

Confirmei essa hipótese, em vários sites onde li que as mudanças hormonais nesse período causam essa piora... puxa, como será na menoupausa, então??? espero que melhore!

O único alívio é saber que, daqui há uns dias, isso tudo melhora de novo :-)

ps.: também deixa confessar uma coisa... ando muito mal disciplinada, acabei de comer goiabada com queijo!!! hehehehehe... açúcar com laticínio não ajuda a TPM, nem de quem não tem a fibro!!!

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